República

Guimarães na Primeira República.

A transição da Monarquia para a República foi vivida em Guimarães com particular intensidade e complexidade. Cidade de tradições conservadoras, mas com um núcleo republicano ativo, o Berço assistiu à mudança de regime, às alterações de símbolos e à instabilidade política da I República. Nesta secção, documenta-se o 5 de Outubro local, os protagonistas políticos, as tensões com a Igreja e o impacto do novo regime no quotidiano vimaranense.

A implantação da República em 1910 não foi apenas uma mudança de bandeira; foi um terramoto político e social que se fez sentir em todo o país. Em Guimarães, terra de forte pendor histórico e religioso, a adesão ao novo regime teve contornos específicos. Esta secção analisa esse período conturbado e fascinante.

Sob a etiqueta República, encontram-se estudos e crónicas sobre a vida política vimaranense durante a I República (1910-1926). Como foi recebida a notícia da revolução em Lisboa? Quem eram os republicanos locais que assumiram o poder na Câmara Municipal?

Os textos aqui reunidos exploram a guerra dos símbolos: a substituição do hino, da bandeira e até da toponímia, numa tentativa de apagar a memória monárquica. Analisa-se a forte tensão com a Igreja Católica, muito influente no concelho, e os episódios de anticlericalismo e resistência que marcaram a época.

Mas fala-se também da instabilidade, das sucessivas eleições, dos comícios exaltados e da obra — muitas vezes esquecida — que os autarcas republicanos tentaram desenvolver no ensino e no urbanismo, apesar das constantes crises financeiras.

Nestes textos, documenta-se a ascensão e queda do Partido Republicano Português local, as dissidências e o caminho que conduziu, finalmente, ao 28 de Maio (que, convém notar, teve arranque em Braga, aqui tão perto). É a história política, social e cultural de uma cidade a tentar encontrar o seu lugar num novo tempo.

Do Azul ao Verde-Rubro:
Guimarães e a República

A República nas Memórias de Araduca