Museus

O património e a preservação da memória.

Guimarães soube, desde cedo, guardar o seu passado. Graças ao pioneirismo da Sociedade Martins Sarmento e, mais tarde, do Museu Alberto Sampaio, a cidade construiu uma rede museológica de referência. Nesta secção, percorre-se a história destas instituições, do colecionismo oitocentista à museologia moderna. Uma visita guiada aos espaços que protegem a identidade vimaranense, salvaguardando tesouros arqueológicos, artísticos e etnográficos.

A consciência de que é necessário preservar o passado para fruição futura é uma marca distintiva da cultura vimaranense. Esta secção é dedicada às instituições e às personalidades que, contra o esquecimento e a destruição, recolheram, catalogaram e expuseram o património material da região.

Sob a etiqueta Museus, desfiamos as linhas da história da museologia em Guimarães, um percurso que se confunde com a própria afirmação cultural da cidade nos séculos XIX e XX. O destaque vai, inevitavelmente, para a acção fundadora da Sociedade Martins Sarmento. Aqui se analisa como o entusiasmo arqueológico e histórico de Francisco Martins Sarmento e dos seus contemporâneos permitiu criar uma das mais importantes coleções de arqueologia da Península Ibérica, salvando os achados da Citânia de Briteiros e de outros castros.

Mas a narrativa museológica local não se esgota na pedra antiga. Aborda-se a génese do Museu Alberto Sampaio, criado para salvaguardar o inestimável tesouro da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, num momento em que a arte sacra corria riscos de dispersão. Estes textos documentam as lutas pela criação destes espaços, os seus primeiros diretores e a evolução das suas coleções.

Fala-se também dos novos espaços museológicos que surgiram com a modernidade, dedicados à arte contemporânea, à cultura castreja ou à indústria, refletindo uma visão mais alargada do que é património.

Ao ler estes artigos, percebe-se que os museus de Guimarães não são apenas depósitos de objetos mortos; são instituições vivas que nasceram da sociedade civil ou da vontade política de afirmar a identidade local. São a prova de que Guimarães, além de ter história, tem sabido, quase sempre, preservá-la.

Guardiões da Memória:
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