Citânia de Briteiros


A cidade perdida e o legado de Sarmento.
A Citânia de Briteiros não é apenas um conjunto de ruínas; é a capital da cultura castreja no Noroeste Peninsular. Esta secção é dedicada à joia arqueológica do concelho. Analisa-se a complexa organização urbana deste povoado proto-histórico, as suas muralhas, balneários e casas circulares. Mas também se conta a história da sua descoberta e exploração por Martins Sarmento, o homem que comprou um monte para oferecer a história ao país.


No alto do monte de São Romão, ergue-se aquele que é, indiscutivelmente, o mais impressionante povoado da Idade do Ferro em Portugal. A Citânia de Briteiros é um livro de pedra onde se lê a resistência e a adaptação dos povos indígenas à chegada de Roma. Aqui, desconstruímos o romantismo para analisar a realidade urbanística e social deste sítio monumental.
Os textos sobre a Citânia agregam todo o conteúdo relacionado com este ex-líbris do património vimaranense. Mais do que uma descrição turística, propõe-se uma leitura científica e histórica do local. O que era, afinal, a Citânia? Um refúgio? Uma proto-cidade?
Os textos exploram a complexidade do seu urbanismo: a rede de arruamentos pavimentados, o sistema de abastecimento de água, a arquitetura doméstica (com as famosas casas circulares) e, claro, os enigmáticos balneários castrejos, com destaque para a Pedra Formosa. A análise da estratigrafia do local tem revelado séculos de ocupação contínua, desde a Idade do Ferro até à plena romanização, momento em que o castro não foi abandonado, mas transformado.
Inevitavelmente, esta é também a história de Francisco Martins Sarmento. Documenta-se a hercúlea tarefa de escavação iniciada no século XIX, a luta contra a destruição do património e a visão museológica pioneira que permitiu a preservação do sítio.
Visitar a Citânia é perceber a dimensão política e social daquela comunidade. Não eram bárbaros isolados, mas uma sociedade hierarquizada, com comércio e arte, que nos legou um testemunho monumental da nossa raiz pré-nacional.
Citânia de Briteiros:
A acrópole do Noroeste
A Citânia nas Memórias de Araduca






