Castelo

Mil anos a velar Guimarães.

Símbolo maior da nacionalidade, o Castelo de Guimarães é também um dos monumentos mais mitificados do país. Mas será que o castelo que vemos hoje é o mesmo de D. Afonso Henriques? Nesta secção, desmontamos a pedra para revelar a história. Da torre de madeira e terra de Mumadona à fortaleza gótica, passando pela ruína do século XIX e pelo polémico restauro do Estado Novo que lhe deu a feição atual. A biografia do edifício que viu nascer Portugal.

TodosTodos conhecem as suas torres e a muralha da avenida Alberto Sampaio, mas poucos conhecem a verdadeira evolução arquitetónica do Castelo de Guimarães. Ele não nasceu feito de pedra, nem sempre teve ameias recortadas. Esta secção analisa a transformação deste edifício militar, separando a lenda romântica da verdade arqueológica e documental.

Sob a etiqueta Castelo, encontra-se a história crua e documentada da fortificação vimaranense. Começamos no século X, com a Condessa Mumadona Dias e a construção de uma estrutura defensiva (provavelmente em madeira e terra) para proteger o mosteiro dos ataques normandos. Acompanhamos depois a petrificação do castelo na era românica e as ampliações góticas que desenharam a sua planta atual.

Mas a história do castelo é também a história do seu abandono. Documenta-se aqui o período em que serviu de cadeia, de palheiro e até de pedreira, chegando ao século XIX em estado de ruína avançada, debatendo-se a cidade sobre se o devia demolir ou preservar.

Um ponto central desta análise é a grande intervenção dos anos 1930 e 1940, protagonizada pela Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Explica-se como o Estado Novo reinventou o castelo, medievalizando-o e removendo estruturas posteriores para criar o ícone limpo e heróico que hoje conhecemos.

Este é um olhar técnico e histórico sobre o monumento. Discute-se a sua função militar, a vida no seu interior e o seu papel simbólico na construção da identidade portuguesa. O Castelo de Guimarães aparece aqui não como um cenário de conto de fadas, mas como uma máquina de guerra e de poder que sobreviveu ao tempo.

O Castelo da Fundação:
Símbolo de um país

O Castelo nas Memórias de Araduca