Arte Pública

Escultura e estatuária no espaço público.

A arte em Guimarães não vive apenas fechada em museus; habita as ruas, as praças e as rotundas. Da icónica estátua de D. Afonso Henriques, que se tornou o logótipo da cidade, aos bustos que homenageiam os vultos locais nos jardins, até às instalações contemporâneas mais polémicas. Esta secção analisa a escultura pública vimaranense: quem são os representados, quem são os escultores (de Soares dos Reis a José de Guimarães) e como esta galeria a céu aberto dialoga com a cidade.

A estatuária pública é uma forma de a cidade se olhar ao espelho e de consagrar os seus heróis. Em Guimarães, o bronze e a pedra ganham vida para contar a história local, desde a fundação medieval até à abstração contemporânea. Esta secção é um roteiro crítico pela arte que se encontra no espaço público.

A etiqueta Escultura reúne textos sobre a intervenção artística nas ruas de Guimarães. O ponto de partida é incontornável: a estátua de D. Afonso Henriques, da autoria de Soares dos Reis. Analisa-se a história desta obra-prima, a sua encomenda, a sua inauguração e a forma como, ao longo do tempo, se transmutou de simples homenagem no símbolo visual da identidade vimaranense e nacional.

Mas a cidade está povoada de outras figuras. Observamos a história dos bustos e estátuas que povoam a Alameda e os parques da cidade, erguidos sobretudo nos séculos XIX e XX para homenagear beneméritos, poetas e políticos locais. Estes monumentos são reveladores de quem a elite local considerava digno de imortalidade em cada época.

A análise estende-se à escultura contemporânea. Guimarães, especialmente no contexto da CEC 2012 e de requalificações urbanas recentes, recebeu obras de artistas modernos (como José de Guimarães ou Zulmiro de Carvalho) que trouxeram novas linguagens estéticas para o espaço público, nem sempre consensuais. Entretanto, têm estado em discussão ideias assentes em erros históricos, como a intenção e implantar uma estátua equestre de Vímara Peres, para celebrar a sua condição de “fundador de Guimarães”, que não tem qualquer base histórica.

Aqui discute-se a relação entre a obra e o lugar, a evolução dos materiais (do granito e bronze para o ferro e aço) e a função pedagógica e decorativa da arte urbana. É uma visita guiada a um museu sem paredes, onde o passado e o presente coabitam através da forma tridimensional.

O museu da rua:
Arte pública em Guimarães

Arte pública nas Memórias de Araduca